Sistema Autónomo para a Monitorização de Insetos
Setor agroindustrial subsetor dos produtos hortofrutícolas
Desafio da Sustentabilidade económica
Descrição do desafio
A tecnologia que serve de base ao Sistema Autónomo para a Monitorização de Insetos (SAMI) encontra-se já registada na Europa e aguarda a aprovação nos EUA. O equipamento físico, com um funcionamento idêntico a uma garrafa mosqueira, permite a atração dos insetos para o seu interior, onde, no percurso de entrada, são fotografados e contados. Os dados recolhidos são posteriormente enviados para a cloud onde o software de reconhecimento de imagem, apoiado por um software de Inteligência Artificial (IA), faz o reconhecimento do inseto capturado e envia a informação para um software de front office que serve de apoio à tomada de decisão. Este sistema permite conhecer a localização da captura e saber se se trata de uma praga ou um auxiliar da cultura. Nas parcelas onde não se verificam capturas não existe necessidade de fazer pulverização química, reduzindo assim a quantidade de produtos químicos libertados no ecossistema agrário, reduzindo assim a quantidade de produtos químicos libertados no ecossistema agrário, contribuindo para a redução do consumo de energias fósseis, assim como o número de horas do binómio homem/máquina.
Qual o grau de inovação do problema-desafio?
Atualmente não existem sistemas autónomos de captura e monitorização de insetos dirigidos especificamente para as dípteras, existindo alguns sistemas já no mercado que se baseiam nas armadilhas em Delta. Este é, e será, o único sistema de monitorização autónoma com base numa garrafa mosqueira. O equipamento encontra-se dotado de capacidade para atrair para o seu interior e capturar os insetos, enquanto no seu percurso, permite recolher imagem e transmitir as informações para a clowd, fornecer a sua localização por GPS e recarregar a bateria com recurso a um painel solar.
Qual o grau de potencial de mercado do problema-desafio?
Sendo um equipamento dirigido sobretudo à captura e monitorização de dípteras que fazem as posturas sob a película dos frutos durante a sua fase de maturação, e baseando-se numa garrafa mosqueira, ferramenta já utilizada atualmente, este produto encontra nos produtores frutícolas o seu principal mercado, nomeadamente na produção de azeitona para consumo em fresco ou produção de azeite. O mercado total potencial, onde existe prioridade industrial, é superior a 9 milhoes de hectares, o que equivale a mais de 155 milhoes de equipamentos, concentrando-se sobretudo nos países do sul da europa e Turquia. Estima-se que o produto tenha boa aceitação devido à reação que os empresários têm tido, sobretudo atendendo ao investimento reduzido e baixo custo de manutenção do sistema, nomeadamente nas Organizações de Produtores e empresas que compram frutas a outros produtores vizinhos.
Qual o grau de sustentabilidade do problema-desafio?
Caracterizando-se como uma garrafa mosqueira, este equipamento é suficientemente versátil para ser utilizado em mais do que uma cultura dentro de uma exploração agrícola. Após a safra de uma variedade, o produto pode ser transferido para outra cultura e pode ficar no campo de um ano para o outro. Os custos de manutenção são baixos, prendendo-se com a substituição dos atrativos/feromonas utilizados. Estima-se que os equipamentos tenham uma vida útil superior a 4 anos, o que permite aos empresários amortizar o custo de investimento. A redução de custos empresariais com pulverizações desnecessárias, com a versatilidade do equipamento e a simplicidade do sistema, será superior ao custo de investimento logo a partir do primeiro ano. Se for possível reduzir a quantidade de produtos químicos libertados no ecossistema agrário, ainda que marginalmente, estaremos a obter ganhos diretos em conservação da biodiversidade e indiretos na redução da quantidade de pesticidas no produto agrícola.
